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Mostrando postagens de julho, 2017
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BURITICUPU E AS PRIMEIRAS RUAS     Aqui se pode constatar como eram feitas as primeiras casas – Rua do Comércio      “Rua de Toros” foi o nome dado à primeira rua da colônia. ‘Toros’ significa “troncos de árvores abatidas, ainda com casca, serradas nas extremidades”. De fato, as primeiras casas eram feitas de toros e a Rua de Toros era formada por dez casas, todas feitas de toros deitados e cobertas de cavacos. A Rua de Toros, fundada em junho 1973, é atualmente conhecida por Rua 19 de Março, é a mesma rua onde se localiza o hospital São Marcos. O tipo de arruamento adotado pela COMARCO levou em consideração a questão cultural dos seus moradores, que vinham de vários estados nordestinos, onde eram acostumados com ruas largas e terrenos espaçosos. Com isso, a COMARCO procurou manter no novo projeto as características das localidades de origem dos colonos. Outras ruas que vieram a ser criadas logo em seguida foram as ruas do Comércio, da Liberdade, da Caeminha, da P
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1973 - CHEGA A PRIMEIRA LEVA DE COLONOS EM BURITICUPU PRIMEIRA LEVA DE COLONOS: Veio de Imperatriz-MA, transporte utilizado: Pau-de-arara, chegando aos 23 de julho de 1973, às 14 horas. Os colonos criaram e habitaram a Rua de Toro (a primeira rua da colônia era formada por 10 casas). - Donato Uchôa Prado (Didi); - Luis Alves Freitas; - Manoel dos Santos Pereira Cunha (Manoel Paciência); e  - Jovelino Freitas, (esse último se recusou morar na rua de toro e habitou à rua do comércio).   Obs: o senhor Satilo Paulo Rodrigues (primeiro colono à chegar em Buriticupu), não aparece na relação pelo fato de naquela ocasião, o mesmo já se encontrar na localidade.  Raimundo Pereira da Silva (Raimundinho da Maria Pequena), também habitou à rua de Toro, no entanto a sua chegada só ocorreu três dias depois da chegada oficial, aos 26 de Julho daquele  mesmo ano.  Por Isaias Neres Aguiar
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A CHEGADA DOS PRIMEIROS COLONOS EM BURITICUPU - 1973 No ano de 1972, chegava, juntamente com os funcionários da COMARCO, o Sr. Satilo Paulo Rodrigues, um excelente operador de moto-serra que se cadastrou para o Projeto de Colonização e foi selecionado. Tornou-se, pela sua própria profissão, uma pessoa importante para a COMARCO, que precisava com urgência do trabalho daquele candidato a colono. Por isso, Satilo teve que deixar o seu lugar de origem antes dos demais colonos rumo a Buriticupu, tornando-se o primeiro colono a chegar. Ele foi, o responsável pela derrubada das primeiras árvores utilizadas nas construções das casas dos demais colonos. Outros operadores de moto-serra que trabalharam com o pioneiro foram Francisco J. da Silva (Peteca), Raimundo Oliveira Pinto e José de Castro (Gavião). O primeiro transporte a chegar a Buriticupu com colonos veio de Imperatriz e Açailândia, no dia 23 de julho de 1973, por volta das 14hs horas. Depois, sucederam-se várias mudanç
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Essa era a ordem de embarque, sem a qual os colonos e seus familiares não podiam viajar para a área do Projeto. A ESCOLHA DOS COLONOS NO ESTADO DO MARANHÃO Enquanto uma equipe preparava o terreno, construindo as devidas instalações, outra percorria o interior maranhense, cadastrando trabalhadores rurais que se encontravam sem um pedaço de chão para produzir. Médicos da Secretaria de Saúde do Estado e, Assistentes Sociais da própria COMARCO, atendendo a determinação do governo, eram rigorosos no cadastramento dos candidatos a colono. Eram observadas, na ocasião do cadastro, as instruções do INCRA 331.1 – 1/1, de 26 de novembro de 1970. Cada trabalhador era submetido a uma bateria de exames laboratoriais. Uma vez que fossem considerados aptos, eram vacinados contra: febre amarela, varíola, tifo e tétano. Somente depois de preencherem todos os requisitos recebiam a ordem de embarque. Por Isaias Neres Aguiar    
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A agrovila, o início do desmatamento e a Infraestrutura urbana             A princípio, a intenção do governo do Estado era implantar a agrovila (pequena cidade) às margens do Rio Buriticupu, (Povoado Buritizinho) a começar pela construção da casa do próprio Dr. Boileau (administrador do Projeto). Essa ideia foi concebida, naturalmente, em razão da proximidade de água.            No entanto, o Dr. Boileau determinou a realização dos trabalhos topográficos da área, os quais, depois de concluídos, evidenciaram a inviabilidade da implantação naquela área, em razão de ser bastante acidentada. Imediatamente, ele passou um radiograma para a Superintendência da COMARCO em São Luis, informando da inviabilidade da área e sugerindo a implantação da agrovila numa área maior e mais plana. A ideia foi acatada e Boileau resolveu sair à procura da área ideal. Para encontrar a boa terra, bastou subir numa trilha no sentido da cidade de Santa Luzia. Lá no alto, encontrou uma chapada cobe
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1973 – A PRIMEIRA CASA DE BURITICUPU-MA A primeira casa localizava-se à margem esquerda da BR-222, no sentido Buriticupu / Bom Jesus das Selvas, próximo à sede do Projeto. A primeira casa Em ritmo bastante acelerado e usando dos abundantes recursos vegetais do local, o gerente geral determinou a construção da primeira casa da localidade, que seria feita de madeira e palhas de anajá. A edificação foi feita para abrigar as equipes técnicas que posteriormente vieram a Buriticupu realizar os preparativos para a recepção dos colonos. Nela, Boileau morou por oito meses.  por Isaías  Neres Aguiar
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1973 - CHEGA A PRIMEIRA EQUIPE TÉCNICA DA COLONIA BURITICUPU A primeira equipe técnica da colonização, sob o comando do Dr. Boileau. Da esquerda para a direita veem-se: Dr. Celso, Dr. Maciel, Dr. Boileau (gerente geral do Projeto, ao centro), as quatro mulheres ao centro (agentes sociais), seguidas da Dra. Maria Conceição, Dr. Fonteles e Dra. Agostinha Correia. por Isaias Neres Aguiar
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    O primeiro administrador do projeto e um avião que não queria voar Para um projeto de tão elevada importância para o Estado do Maranhão, era necessário dispor de um gerente geral à altura. Assim, o governo escolheu com muito critério para o grande desafio um jovem senhor de 29 anos de idade, Boileau Dantas Vanderley Filho. A partir de então, ele se tornava o representante máximo da COMARCO na área do Projeto. Natural do Estado da Paraíba e recém-formado em Agronomia, o Dr. Boileau (pronuncia-se Bualôr, por se tratar de sobrenome de origem francesa), deu importantes passos para o desenvolvimento do Projeto. Tinha total autonomia para administrar os negócios, propor modificações, ampliações ou reduções, de acordo com a necessidade, e para representar a COMARCO nos assuntos relativos ao Projeto. Depois de ter recebido a missão de administrar o Projeto, o Dr. Boileau voou para Buriticupu, para visitar, pela primeira vez, o local previsto para a implantação do Projeto.
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O ACESSO RODOVIÁRIO PARA BURITICUPU-MA - 1974 A década de 70 foi marcada pela implementação da infraestrutura rodoviária estadual, favorecendo os deslocamentos populacionais para as cidades já formadas, bem como para as áreas de aglomerados rurais em formação. Ainda na gestão do então Governador José Sarney, havia sido iniciada a construção da Rodovia MA-74, cujo objetivo era ligar a Rodovia Federal Belém-Brasília com a Pará-Maranhão. A obra foi paralisada no ano de 1969, sendo que um dos principais obstáculos para a sua continuação era o relevo, de característica bastante acidentada, o que a levou a ser construída com muitas curvas, muitas das quais, convenhamos, podiam ter sido evitadas. O governador Pedro Neiva de Santana, sabendo da importância que a rodovia representava para o desenvolvimento do Estado, retomou as obras de forma bastante determinada. Era necessário contratar alguém que conhecesse a região, para evitar que a estrada fosse construída em trechos de extr
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A ORIGEM DO NOME BURITICUPU Até o ano de 1972, o lugar onde seria implantado o empreendimento de colonização não tinha um nome definitivo, o que levou a equipe técnica do projeto buscar um nome adequado. O rio mais próximo, até então era conhecido por alguns caçadores por Barra da Jurema, mas era na verdade o Rio Buriticupu, que havia sido denominado pelos índios Guajajara da Terra Indígena Arariboia, que passavam com frequência nas margens do rio, e constatavam a existência de muitas palmeiras de buriti no leito e abundancia de árvores de cupuaçu nas matas circundantes. A equipe técnica acabou utilizando o nome do rio para denominar o nome do projeto e passou-se a designá-lo como “Projeto Pioneiro de Colonização de Buriticupu”. Esse seria o primeiro projeto de colonização executado pelo governo do Estado do Maranhão, com uma área de 300.000ha. A escolha da denominação do Projeto aconteceu ainda no ano de 1972.
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O PROJETO DE COLONIZAÇÃO DE BURITICUPU NO GOVERNO PEDRO NEIVA (1971-1974) Pedro Neiva de Santana – governador do Estado O Professor e Médico Pedro Neiva de Santana foi eleito pela Assembleia Legislativa para o governo do Estado, Pedro Neiva de Santana dispunha-se a desenvolver uma política de colonização agrária no Maranhão.  já havia uma lei, chamada de lei da terra, do governo anterior José Sarney, que previa a ocupação das terras devolutas do estado, e uma das ações a elaboração e implantação de um grande projeto agrícola. Para imprimir velocidade e dinamização no processo de ocupação ordenada das terras devolutas do Maranhão, fazia-se necessária a criação de uma companhia de colonização. Com esse fim, no dia 6 de dezembro de 1971, o Projeto de Lei nº 3.230 foi encaminhado à Assembleia Legislativa, onde foi apreciado e aprovado em caráter de urgência. O ato autorizava o governador Pedro Neiva de Santana a criar a Companhia Maranhense de Colonização (COMARCO), estrut
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A CHEGADA DOS ÍNDIOS GUAJAJARA EM BURITICUPU E UMA SURPRESA Ao chegar à região, os Guajajara viram o que jamais imaginaram: outros índios já habitavam a região. Tratava-se de índios primitivos das tribos Tupi-Guarani e Guajá, que haviam fugido do litoral maranhense para o interior do Estado, aproximadamente no ano de 1650. Naquela época, os portugueses desrespeitavam a vida comunitária dos povos indígenas que viviam em qualquer parte do Brasil e, no Maranhão, não era diferente. Os colonizadores entravam nas aldeias, roubavam, destruíam as roças dos nativos e, pelo chicote, obrigavam-nos ao trabalho escravo. Essa situação era tão dura que muitos morriam de doenças ou de tristeza e desgosto. Sem outros refúgios, esses primitivos, depois de longas caminhadas, chegaram à essa região pré-amazônica, onde escolheram a citada área, por ter grandes reservas florestais. O certo é que até hoje alguns índios continuam morando no município. Isolados de tudo, eles vivem nas matas que f